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A importância do Cuidador no contexto da saúde do idoso

O envelhecimento populacional brasileiro vem se acentuando consideravelmente, gerando impactos nas diversas formas de se prestar cuidados ao grupo idoso. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), entre 1950 e 2025, a população de idosos no país crescerá 16 vezes contra 5 vezes o crescimento populacional total, colocando nosso país como a sexta população em contingente de idosos no mundo. Um fenômeno a se destacar é o crescimento da população “mais idosa”, considerada acima de 80 anos, trazendo como consequência alterações na própria composição etária dentro do grupo de idosos. Este fato nos permite observar pessoas na faixa de 60 anos “em pleno vigor físico e mental, bem como pessoas na faixa de 90 anos, que devem se encontrar em maior vulnerabilidade”.

Aproximadamente 40% dos idosos que apresentam idade entre 75 e 84 anos e mais da metade da população de 85 anos e mais apresentam algum grau de incapacidade. Isso gera cada vez mais um quadro de sobrevivência de idosos na dependência de pessoas para suprirem suas incapacidades, e, na maioria das vezes, essas pessoas são os familiares. Definimos incapacidade como a deficiência de um órgão ou sistema sobre o funcionamento do indivíduo em termos de limitações de função ou de restrição de atividades. A dependência consiste na condição que faz com que a pessoa necessite do auxílio de outrem para a realização de atividades do seu dia a dia.

Ao contrário dos países desenvolvidos que fornecem uma rede estatal de apoio ao idoso dependente, em países menos desenvolvidos, como o Brasil, que ainda apresenta carências na Saúde Pública e Seguridade Social, a família constitui o principal núcleo de apoio social. Com o processo de envelhecimento da população e consequente aumento do número de idosos que vivenciam um processo de doença crônica e incapacitante, tornando-se dependentes, vem crescendo a preocupação sobre o cuidador familiar que, por vezes, não se encontra adequadamente preparado para essa prática, podendo acarretar processos deletérios no cuidar desses idosos. O familiar vivencia a sobrecarga física, emocional e socioeconômica, e é fundamental o treinamento adequado para que ele se torne mais seguro e preparado para assumir as responsabilidades no cuidado do familiar dependente.

Partindo dessa premissa, foi estabelecida como estratégia norteadora deste trabalho bibliográfico a busca de estudos que enfocam as propostas e ações direcionadas à capacitação do cuidador do idoso dependente no contexto domiciliar. Assim, os objetivos são discutir a importância do papel do cuidador informal no cuidado do idoso dependente; compreender o papel vivenciado por esse familiar, focalizando-o como sujeito ativo do processo do cuidar; e avaliar as ações e propostas direcionadas a esse cuidador. A relevância desse tema se destaca porque ainda não existem políticas oficiais direcionadas para o cuidado à população idosa que desenvolve dependência funcional e não há o reconhecimento dos cuidadores de idosos na atenção cotidiana.

Fonte: Site da Escola de Enfermagem Anna Nery.

Leia o estudo na íntegra em:  https://www.scielo.br/j/ean/a/VgjTVdg8sHgNWz7gGwDd6dh/

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