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Cuidadores de Idosos não devem realizar tarefas domésticas

Com o constante crescimento e visibilidade da profissão de Cuidador de Idosos em todo o Brasil, é comum as pessoas pensarem que é dever do cuidador ficar responsável pelas tarefas da casa, como cozinhar, lavar e estender roupas e outras atividades domésticas. Isso ocorre, pois durante a jornada de trabalho, que pode variar de acordo com cada família e profissional, o idoso pensa que o cuidador “não está fazendo nada” ou “está parado”.

No entanto, o cuidador é um profissional que tem como atribuição o suporte físico, social e emocional ao idoso nas suas rotinas diárias, como alimentação, medicação, higiene, entretenimento, lazer, consultas médicas e passeios em geral e, mesmo quando “parado” está oferecendo suporte e atenção para garantir a integralidade da saúde do idoso, prevenindo quedas e acidentes que podem resultar em fraturas e comprometer a independência e até a vida do idoso.

Mas afinal, qual é o problema de o cuidador realizar as tarefas de cuidado com a casa?

A resposta é simples! Enquanto o cuidador estiver ocupado com estas atividades, não estará dando atenção e supervisão ao idoso que ficará vulnerável a acidentes domésticos, como quedas e fraturas. Afinal, os idosos tendem a tentar realizar as suas atividades de rotina sozinhos para “não atrapalhar” o cuidador que está ocupado com outras atividades ou mesmo fora de casa, no mercado ou farmácia.

Então não há necessidade de ter um cuidador, pois um(a) empregado(a) doméstico(a) basta para cuidar da casa? Sim! Mas para cuidar da casa!

Há muitas famílias que acertam com seus funcionários domésticos em “dar uma olhadinha” no idoso ao longo da jornada. Mas, isso ainda coloca o idoso em alto risco de acidente doméstico! O fato é que não há como uma pessoa, cuidador ou empregado doméstico, ficar responsável por todas as atividades de cuidados com o idoso e com a casa, pois são profissionais diferentes, com formação, conhecimentos e habilidades distintas.

Além disso, ao assumir as duas responsabilidades o profissional vai ser insuficiente em alguma delas e colocar a vida de seu familiar em risco ou mesmo deixar os cuidados com a casa à desejar, sob alegação de cuidados com o idoso.

ATRIBUIÇÕES DO CUIDADOR DE IDOSOS

Como a profissão de cuidador de idosos ainda não está totalmente formalizada, ainda há muitas discussões sobre o que os cuidadores devem ou devem fazer e, por se enquadrar na categoria de empregados domésticos, há o entendimento equivocado de que estes profissionais devem realizar as atividades domésticas.

Embora haja esta ideia errada sobre a atribuição do cuidador de idosos, é preciso entender que estes são profissionais de saúde que atuam no ambiente doméstico (em casa), logo suas atividades e atribuições devem ficar restritas à saúde, ao bem estar social e emocional, higiene e conforto do idoso. Afinal, como visto anteriormente, ao atribuir tarefas domésticas a este profissional colocará a vida do idoso em risco.

Agora se você quer se tornar um cuidador de idoso ou ainda deseja contratar um profissional cuidador de idosos, entenda as atividades que este profissional deve realizar para garantir o cuidado com a saúde e a vida do idoso:

  • HIGIENE– embora as pessoas acreditem que os cuidados de higiene se restringem ao banho, há uma série de outras atividades de rotina que são fundamentais como a higiene oral (inclusive para pacientes com alimentação por sondas); hidratação da pele para prevenir lesões; cuidados com as unhas, cabelos e barba; e outras atividades destinadas ao bem estar do idoso.
  • ALIMENTAÇÃO– é dever do cuidador promover uma alimentação saudável e estimular ingestão de líquidos, conforme orientações de um nutricionista especializado em nutrição do idoso. Preparar as refeições (cozinhar) não deve ser atribuição do cuidador! Mas servir, aquecer, cortar frutas, fazer chás, preparar sanduíches e outras atividades de alimentação simples, que não distraiam o cuidado, podem e devem ser atribuições do cuidador.
  • MEDICAÇÃO– além de garantir o correto uso das medicações conforme a prescrição médica, o cuidador também deve manter todas as medicações organizadas para facilitar o acesso de todos, matando as caixas e bulas sem destacar os comprimidos e cápsulas dos blísteres, além de controlar as quantidades para não faltar e descartar os medicamentos vencidos para que o idoso não faça uso destes.
  • ENTRETENIMENTO E LAZER– também é dever do cuidador promover ações e atividades que estimulem a cognição e motricidade ao idoso para manutenção da independência e autonomia. As atividades podem ser realizadas conforme a rotina de cada idoso (regar plantar, dobrar roupas, cortar frutas, etc.); jogos (memória, tabuleiro, cartas, etc.); atividades terapêuticas (pinturas, artesanato, bordado, etc.); e exercícios (alongamentos, flexões, caminhadas, etc.)  Além disso, estas atividades sempre devem ter orientação de profissionais especializados, como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e outros.
  • SUPORTE SOCIAL E EMOCIONAL– muitas vezes as famílias não conseguem estar presentes em todos os momentos e, sem um cuidador, o idoso pode ficar limitado ao ambiente doméstico. Por isso, é papel do cuidador acompanhar o idoso em passeios, compras, consultas, exames, viagens e outras atividades externas, pois desta forma o idoso se encoraja a realizar as suas tarefas independentemente da disponibilidade de familiares, pois terá todo suporte social e emocional do cuidador.
  • ROTINAS DIÁRIAS– embora o cuidador de idosos não deva ficar responsável pelas atividades domésticas de cuidado com a casa, pode – e deve – auxiliar os idosos com alto grau de independência nas rotinas da casa, como dobrar roupas, cortar frutas, arrumar a cama, entre outras. Mas é importante que estas atividades sejam realizadas em conjunto pelo idoso e o cuidador, como forma de atividade terapêutica para manutenção da autonomia e com supervisão para prevenir acidentes.

Além dessas atribuições, há quem entenda que é dever do profissional cuidador de idosos dirigir o veículo do idoso ou da família para transporte e deslocamento nas atividades externas. No entanto, esta prática não é recomendada, pois coloca sob a responsabilidade do profissional de saúde o cuidado com o carro, que é um bem material. A atividade de dirigir (motorista) exige muita atenção ao trânsito e pode incidir em multas, acidentes e danos físicos e materiais a todos. Portanto, é recomendado que, em caso de atividades externas, um membro da família seja responsável por dirigir, ou que se utilize de transporte como ônibus, táxis e aplicativos de transporte para garantir a segurança de todos.

ATRIBUIÇÕES DO EMPREGADO DOMÉSTICO

No caso do empregado doméstico, faxineiro(a), jardineiro(a), cozinheiro(a), diarista e outros, as atribuições não dizem respeito à saúde do idoso, mas aos cuidados de manutenção da limpeza e organização do ambiente, gestão de insumos da residência (alimentos e produtos de limpeza), cuidados de jardinagem, atividades de lavanderia, entre outros.

De acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO 5121-05), a descrição sumária das atividades exercidas pelo trabalhador doméstico são: “Preparam refeições e prestam assistência às pessoas, cuidam de peças do vestuário como roupas e sapatos e colaboram na administração da casa, conforme orientações recebidas. Fazer arrumação ou faxina e podem cuidar de plantas do ambiente interno e de animais domésticos”.

Com todas as atribuições e responsabilidades, o profissional doméstico não dispõe de tempo para garantir atenção e cuidado com a saúde do idoso. Outro aspecto importante a se destacar é que, na maioria das vezes em que as famílias fazem acordos de ambas as responsabilidades (cuidar da casa e cuidar do idoso) acaba se deparando com ações trabalhistas que costumam tramitar com valores na faixa de 30 a 50 mil reais.

CUIDADOR DE IDOSOS X EMPREGADO DOMÉSTICO

Outro entendimento comum – e equivocado – que ocorre, é de que “não há sentido ou necessidade” em contratar dois profissionais para atuar no mesmo ambiente. Mas, estamos falando de profissionais distintos, atribuições distintas e formações distintas, não é mesmo?

Imagine ir em uma loja em que o vendedor também faz a cobrança no caixa. É algo possível? Sim! Mas em alguns momentos os clientes ficarão sem atendimento (e consequentemente não compram), pois o vendedor está ocupado finalizando uma venda no caixa. Isso significa que a loja deixaria de vender.

Essa analogia serve para exemplificar uma perda financeira de um negócio em decorrência do desvio de função do vendedor. Mas na casa de seus pais e/ou avós a perda é inestimável, uma vez que ocupar o cuidador com outras atividades que não as de cuidado pode resultar em quedas e acidentes, comprometendo a saúde e avida de seu ente querido.

Além disso, é preciso considerar também que as atribuições de cuidado com a saúde exigem uma formação específica em um curso de cuidador de idosos ou mesmo em um curso técnico em enfermagem, dependendo da complexidade de cuidados que o idoso necessite e, por este motivo, responsabilizar o empregado doméstico com os cuidados de saúde pode causar-lhe desconforto e até mesmo colocar a vida de seu familiar em risco.

COMO ORGANIZAR A CASA DO IDOSO COM ESTES PROFISSIONAIS?

A melhor forma de organizar estes profissionais na sua casa para cuidar de seus pais e/ou avós, ou mesmo na casa deles, é ter o foco no cuidado com a saúde em primeiro lugar. Para garantir o melhor cuidado e reduzir custos, opte em contratar uma empresa de home care, como a Personale Saúde, que cuida de todo o processo de gestão dos cuidadores através de um criterioso processo seletivo, gerenciamento de folgas, atestados, com cobertura imediata em caso de faltas e supervisão com enfermeiros especialistas.

Para o cuidado com a casa, uma diarista/faxineira semanalmente para limpar, lavar as roupas e preparar as refeições. Afinal, embora não seja atribuição do cuidador de idosos os cuidados com a casa, ele fica responsável pela manutenção do ambiente, limpando o que sujar, colocando no lugar o que foi utilizado e aquecendo as refeições ao idoso. Com o constante crescimento e visibilidade da profissão de cuidador de idosos em Porto Alegre e em todo o Brasil, é comum as pessoas pensarem que é dever do cuidador ficar responsável pelas tarefas da casa, como cozinhar, lavar e estender roupas e outras atividades domésticas. Isso ocorre, pois durante a jornada de trabalho, que pode variar de acordo com cada família e profissional, o idoso pensa que o cuidador “não está fazendo nada” ou “está parado”.

No entanto, o cuidador é um profissional que tem como atribuição o suporte físico, social e emocional ao idoso nas suas rotinas diárias, como alimentação, medicação, higiene, entretenimento, lazer, consultas médicas e passeios em geral e, mesmo quando “parado” está oferecendo suporte e atenção para garantir a integralidade da saúde do idoso, prevenindo quedas e acidentes que podem resultar em fraturas e comprometer a independência e até a vida do idoso.

Mas afinal, qual é o problema de o cuidador realizar as tarefas de cuidado com a casa?

A resposta é simples! Enquanto o cuidador estiver ocupado com estas atividades, não estará dando atenção e supervisão ao idoso que ficará vulnerável a acidentes domésticos, como quedas e fraturas. Afinal, os idosos tendem a tentar realizar as suas atividades de rotina sozinhos para “não atrapalhar” o cuidador que está ocupado com outras atividades ou mesmo fora de casa, no mercado ou farmácia.

Então não há necessidade de ter um cuidador, pois um(a) empregado(a) doméstico(a) basta para cuidar da casa? Sim! Mas para cuidar da casa!

Há muitas famílias que acertam com seus funcionários domésticos em “dar uma olhadinha” no idoso ao longo da jornada. Mas, isso ainda coloca o idoso em alto risco de acidente doméstico! O fato é que não há como uma pessoa, cuidador ou empregado doméstico, ficar responsável por todas as atividades de cuidados com o idoso e com a casa, pois são profissionais diferentes, com formação, conhecimentos e habilidades distintas.

Além disso, ao assumir as duas responsabilidades o profissional vai ser insuficiente em alguma delas e colocar a vida de seu familiar em risco ou mesmo deixar os cuidados com a casa à desejar, sob alegação de cuidados com o idoso.

ATRIBUIÇÕES DO CUIDADOR DE IDOSOS

Como a profissão de cuidador de idosos ainda não está totalmente formalizada, ainda há muitas discussões sobre o que os cuidadores devem ou devem fazer e, por se enquadrar na categoria de empregados domésticos, há o entendimento equivocado de que estes profissionais devem realizar as atividades domésticas.

Embora haja esta ideia errada sobre a atribuição do cuidador de idosos, é preciso entender que estes são profissionais de saúde que atuam no ambiente doméstico (em casa), logo suas atividades e atribuições devem ficar restritas à saúde, ao bem estar social e emocional, higiene e conforto do idoso. Afinal, como visto anteriormente, ao atribuir tarefas domésticas a este profissional colocará a vida do idoso em risco.

Agora se você quer se tornar um cuidador de idoso ou ainda deseja contratar um profissional cuidador de idosos, entenda as atividades que este profissional deve realizar para garantir o cuidado com a saúde e a vida do idoso:

HIGIENE – embora as pessoas acreditem que os cuidados de higiene se restringem ao banho, há uma série de outras atividades de rotina que são fundamentais como a higiene oral (inclusive para pacientes com alimentação por sondas); hidratação da pele para prevenir lesões; cuidados com as unhas, cabelos e barba; e outras atividades destinadas ao bem estar do idoso.

ALIMENTAÇÃO – é dever do cuidador promover uma alimentação saudável e estimular ingestão de líquidos, conforme orientações de um nutricionista especializado em nutrição do idoso. Preparar as refeições (cozinhar) não deve ser atribuição do cuidador! Mas servir, aquecer, cortar frutas, fazer chás, preparar sanduíches e outras atividades de alimentação simples, que não distraiam o cuidado, podem e devem ser atribuições do cuidador.

MEDICAÇÃO – além de garantir o correto uso das medicações conforme a prescrição médica, o cuidador também deve manter todas as medicações organizadas para facilitar o acesso de todos, matando as caixas e bulas sem destacar os comprimidos e cápsulas dos blísteres, além de controlar as quantidades para não faltar e descartar os medicamentos vencidos para que o idoso não faça uso destes.

ENTRETENIMENTO E LAZER – também é dever do cuidador promover ações e atividades que estimulem a cognição e motricidade ao idoso para manutenção da independência e autonomia. As atividades podem ser realizadas conforme a rotina de cada idoso (regar plantar, dobrar roupas, cortar frutas, etc.); jogos (memória, tabuleiro, cartas, etc.); atividades terapêuticas (pinturas, artesanato, bordado, etc.); e exercícios (alongamentos, flexões, caminhadas, etc.)  Além disso, estas atividades sempre devem ter orientação de profissionais especializados, como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e outros.

SUPORTE SOCIAL E EMOCIONAL – muitas vezes as famílias não conseguem estar presentes em todos os momentos e, sem um cuidador, o idoso pode ficar limitado ao ambiente doméstico. Por isso, é papel do cuidador acompanhar o idoso em passeios, compras, consultas, exames, viagens e outras atividades externas, pois desta forma o idoso se encoraja a realizar as suas tarefas independentemente da disponibilidade de familiares, pois terá todo suporte social e emocional do cuidador.

ROTINAS DIÁRIAS – embora o cuidador de idosos não deva ficar responsável pelas atividades domésticas de cuidado com a casa, pode – e deve – auxiliar os idosos com alto grau de independência nas rotinas da casa, como dobrar roupas, cortar frutas, arrumar a cama, entre outras. Mas é importante que estas atividades sejam realizadas em conjunto pelo idoso e o cuidador, como forma de atividade terapêutica para manutenção da autonomia e com supervisão para prevenir acidentes.

Além dessas atribuições, há quem entenda que é dever do profissional cuidador de idosos dirigir o veículo do idoso ou da família para transporte e deslocamento nas atividades externas. No entanto, esta prática não é recomendada, pois coloca sob a responsabilidade do profissional de saúde o cuidado com o carro, que é um bem material. A atividade de dirigir (motorista) exige muita atenção ao trânsito e pode incidir em multas, acidentes e danos físicos e materiais a todos. Portanto, é recomendado que, em caso de atividades externas, um membro da família seja responsável por dirigir, ou que se utilize de transporte como ônibus, táxis e aplicativos de transporte para garantir a segurança de todos.

ATRIBUIÇÕES DO EMPREGADO DOMÉSTICO

No caso do empregado doméstico, faxineiro(a), jardineiro(a), cozinheiro(a), diarista e outros, as atribuições não dizem respeito à saúde do idoso, mas aos cuidados de manutenção da limpeza e organização do ambiente, gestão de insumos da residência (alimentos e produtos de limpeza), cuidados de jardinagem, atividades de lavanderia, entre outros.

De acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO 5121-05), a descrição sumária das atividades exercidas pelo trabalhador doméstico são: “Preparam refeições e prestam assistência às pessoas, cuidam de peças do vestuário como roupas e sapatos e colaboram na administração da casa, conforme orientações recebidas. Fazer arrumação ou faxina e podem cuidar de plantas do ambiente interno e de animais domésticos”.

Com todas as atribuições e responsabilidades, o profissional doméstico não dispõe de tempo para garantir atenção e cuidado com a saúde do idoso. Outro aspecto importante a se destacar é que, na maioria das vezes em que as famílias fazem acordos de ambas as responsabilidades (cuidar da casa e cuidar do idoso) acaba se deparando com ações trabalhistas que costumam tramitar com valores na faixa de 30 a 50 mil reais.

CUIDADOR DE IDOSOS X EMPREGADO DOMÉSTICO

Outro entendimento comum – e equivocado – que ocorre, é de que “não há sentido ou necessidade” em contratar dois profissionais para atuar no mesmo ambiente. Mas, estamos falando de profissionais distintos, atribuições distintas e formações distintas, não é mesmo?

Imagine ir em uma loja em que o vendedor também faz a cobrança no caixa. É algo possível? Sim! Mas em alguns momentos os clientes ficarão sem atendimento (e consequentemente não compram), pois o vendedor está ocupado finalizando uma venda no caixa. Isso significa que a loja deixaria de vender.

Essa analogia serve para exemplificar uma perda financeira de um negócio em decorrência do desvio de função do vendedor. Mas na casa de seus pais e/ou avós a perda é inestimável, uma vez que ocupar o cuidador com outras atividades que não as de cuidado pode resultar em quedas e acidentes, comprometendo a saúde e avida de seu ente querido.

Além disso, é preciso considerar também que as atribuições de cuidado com a saúde exigem uma formação específica em um curso de cuidador de idosos ou mesmo em um curso técnico em enfermagem, dependendo da complexidade de cuidados que o idoso necessite e, por este motivo, responsabilizar o empregado doméstico com os cuidados de saúde pode causar-lhe desconforto e até mesmo colocar a vida de seu familiar em risco.

COMO ORGANIZAR A CASA DO IDOSO COM ESTES PROFISSIONAIS?

A melhor forma de organizar estes profissionais na sua casa para cuidar de seus pais e/ou avós, ou mesmo na casa deles, é ter o foco no cuidado com a saúde em primeiro lugar. Para garantir o melhor cuidado e reduzir custos, opte em contratar uma empresa de home care, como a Personale Saúde, que cuida de todo o processo de gestão dos cuidadores através de um criterioso processo seletivo, gerenciamento de folgas, atestados, com cobertura imediata em caso de faltas e supervisão com enfermeiros especialistas.

Para o cuidado com a casa, uma diarista/faxineira semanalmente para limpar, lavar as roupas e preparar as refeições. Afinal, embora não seja atribuição do cuidador de idosos os cuidados com a casa, ele fica responsável pela manutenção do ambiente, limpando o que sujar, colocando no lugar o que foi utilizado e aquecendo as refeições ao idoso.

fre uma alteração que desencadeia uma crise, obrigando à reestruturação de papéis. Relações conjugais e relacionamentos entre pais e filhos envolvem uma complexa rede de sentimentos que funciona de modo circular na tentativa de manter um equilíbrio. Quando um desses sujeitos adoece, cuidar pode ser uma forma de manter um vínculo. Em estudo realizado com um grupo de cuidadores no Rio Grande do Sul, os entrevistados referiram ter assumido o cuidado por obrigação matrimonial, e isso ocorria até com os idosos que não eram casados, mas que viviam juntos. Se o cônjuge não pode realizar o cuidado, o papel é assumido pelos filhos, mas também por outras figuras como os netos.

A família, diante do idoso necessitado de cuidado ao longo da vida, pela cronicidade de sua situação de saúde, vivência sentimento de culpa, frustração, amor e solidariedade, experimentando um processo de construção da aceitação do fato que atravessa os caminhos da negação, entrega à dor, podendo gerar depressão e suas consequências deletérias. A perda da identidade do cuidador pode acontecer, pois o idoso altera o seu papel na família, ocasionando novas ações a serem assumidas pelo familiar. “A mudança drástica nos relacionamentos ameaça o self até que se descubram outras maneiras de viver”. Vale destacar também que a carência, ou até mesmo a ausência do cuidado por uma dessas partes, pode ser fruto de relacionamentos e vínculos desfeitos por situações desagradáveis ou até mesmo vínculos que nunca chegaram a se estabelecer. Através da experiência com um grupo de cuidadores familiares de idosos dependentes no ambulatório do Núcleo de Atenção ao Idoso (NAI), foi descrito em 2000 o perfil dos cuidadores como sendo pessoas engajadas na solução dos problemas, sendo mais comuns os casos de monopolização da função do cuidador.

O familiar que direciona para si todas as atividades relacionadas ao cuidado pode manifestar sentimentos de desconforto e solidão pela falta de apoio dos familiares, gerando uma crise no seu desempenho, “em que a habitual relação de afeto e de reciprocidade… é substituída por uma relação em que predomina, de forma unilateral, a imperiosa necessidade de fazer pelo outro… praticamente sem nenhum retorno pessoal”. Estudos de 2003 com cuidadores de idosos que sofreram acidente vascular cerebral (AVC) destacaram aspectos como o isolamento social decorrente do acúmulo de tarefas, perda do companheiro nas atividades sociais (para os cônjuges cuidadores), distúrbios comportamentais do portador de AVC, alterações no relacionamento da família e de amizades, sendo ressaltada ainda a sobrecarga psicológica, nem sempre exteriorizada, mas que se apresenta com sentimentos de ansiedade, insegurança e medo. Em contrapartida, autores em 2004 afirmam que o cuidador, apesar de vivenciar a sobrecarga, pode experimentar sentimentos de prazer e conforto quando se envolve no cuidar e vê que sua prática tem resultados positivos no tocante à melhora do idoso. Além disso, ao cuidar de um idoso dependente, o cuidador depara-se com o seu próprio processo de envelhecimento e com sua própria finitude.

Problemas no âmbito financeiro merecem destaque, pois estima-se que mais de 14% dos cuidadores desistem de seus empregos para se dedicarem exclusivamente aos seus idosos20 e, por tentarem suprir num primeiro momento as necessidades do idoso, acabam deixando os outros gastos para um segundo plano. Em um estudo realizado em São Paulo, constatou-se que mais de 90% das famílias não recebem auxílio de serviços, organizações ou grupos voluntários/agências particulares, mas que cerca de 30% gostariam de receber ajuda financeira. Pouco se conhece sobre o impacto econômico da dependência do idoso na família e no sistema de saúde associado à falência de nosso sistema previdenciário que transfere todo o encargo econômico do cuidar para a família. Segundo pesquisa com esposas cuidadoras de idosos dependentes participantes do projeto Bambuí em Minas Gerais (estudo populacional associado à necessidade de cuidador entre idosos), foi apontado que as tarefas mais cansativas, e que iam se tornando mais pesadas com a evolução da doença, se relacionavam às mais íntimas, como o banho, a higiene íntima e os cuidados com as feridas.

A dificuldade em lidar com a doença pela falta de compreensão da sua magnitude foi um tema muito explorado em um estudo de 2004 realizado com cuidadores informais de idosos portadores de doença de Alzheimer (DA) em Porto Alegre. Os cuidadores apontaram dificuldades em obter informações para entender e enfrentar a doença de seu familiar. A consulta médica, na maioria das vezes, é centrada na patologia, deixando o cuidador sem a necessária orientação, sendo em casa que o familiar irá aprender “à medida que os problemas vão aparecendo”. Corroborando essa afirmativa, outras pesquisas enfatizam que a grande maioria da população de cuidadores informais no país ainda se encontra sem as informações e o suporte necessários de assistência ao idoso dependente. O sistema de saúde pública nacional não está preparado para dar suporte ao idoso que adoece nem à família que cuida, gerando o aumento da sobrecarga e o estresse. Fica a impressão de que estão ambos esquecidos, cuidador e quem precisa de cuidados, vivendo entre quatro paredes e, ao seu modo, vivenciando a dura realidade da incapacidade funcional numa sociedade que não parece acreditar que está envelhecendo, não cria aparelhos para fazer face ao desafio que representa cuidar de idosos que não envelheceram com saúde.

Fonte: Personale Saúde – Home Care
Cuidadores de Idosos não devem realizar Tarefas Domésticas
Leia a matéria em:  https://personalesaude.com.br/cuidadores-de-idosos-nao-devem-realizar-tarefas-domesticas/

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